Em meados dos anos de 1300 a.C., um faraó egípcio corajosamente desafiou mais de anos de tradições religiosas ao adorar um só deus.
Akhenaton era filho do faraó Amenhotep III, um dos mais poderosos e populares governantes da décima-oitava dinastia egípcia. Quando o pai morreu, Akhenaton subiu ao trono como Amenhotep IV. Casou-se com Nefertiti e com ela teve seis filhas.
Por toda sua história, o povo Egípcio adorara muitos deuses, entre eles o deus-sol, Aton. Amenhotep declarou que acreditava ser Aton o único deus todo-poderoso do universo e que todas as pessoas deveriam adorar somente ele. O faraó adotou o nome Akhenaton (Aquele que é útil a Aton) e transferiu a capital do Egito de Tebas para Akhetaton (“Horizonte de Aton“), cidade que construiu à margem oriental do rio Nilo. Hoje, o lugar é conhecido como El-Amarna.
Akhenaton e Nefertiti governaram uma corte que idolatrava apenas Aton. Os nomes dos outros deuses foram excluídos das esculturas de pedra da residência imperial e Akhenaton exigiu que seus empregados e cortesãos seguissem suas crenças. Akhenaton e seus seguidores também construíram novos prédios e costumavam fazer cerimônias complexas em seus novos templos e palácios. A nova capital conquistou riquezas e esse foi o início do chamado período Amarna das artes egípcias. As esculturas se tornaram mais realistas e vívidas; as pinturas mostravam um faraó de aparência estranha com um pescoço muito longo e coxas enormes, ele e a família eram representados em cenas informais e até divertidas.
Sua mãe, que viveu durante os seis primeiros anos de seu reinado, foi responsável pela estruturação das tendências místicas, fazendo com que ele se aproximasse da parte do clero que estava ligada aos antigos cultos do Egito, onde Aton era o deus maior.
Assim, durante os quatro primeiros anos de seu reinado, vai lentamente, se afastando de Tebas e amadurecendo a idéia de um deus universal. Ao final deste período, ele inicia a grande revolução. Proclama sua intenção de realizar a cerimônia religiosa de regeneração denominada “festa-sed“ na qual o faraó “se recarrega“. [Além disto, o poder dos sacerdotes de Amon vinha crescendo e eles, pouco a pouco, ficavam mais influentes. Portanto, além da piedade do faraó, havia também motivações politicas.]
No entanto, muitos alto-sacerdotes egípcios se ofenderam e se sentiram ameaçados pela idolatria a um só deus que praticava o faraó. Quando os seguidores de Akhenaton começaram a destruir as estátuas e locais de adoração dos outros deuses egípcios, muitos egípcios também se enfureceram. Quando morreu, por volta de 1335 a.C., Akhenaton já tinha se tornado muito impopular.
O trono passou imediatamente a seu jovem genro, Tutankhaten, que recebeu o nome de Tutancâmon. Sob seu reinado, a capital voltou a Tebas; o deus-sol Aton foi retirado de muitos obeliscos do Egito e o povo voltou a ser politeísta, ou seja, a adorar diversos deuses. Por fim, os sucessores de Akhenaton destruíram praticamente tudo que ele havia construído em sua nova cidade, apagando quase todas as indicações de seu reinado.
O conhecimento desse período da história do Egito vem das escavações realizadas em El-Amarna entre 1887 e 1934. Um dos momentos mais importantes da arqueologia moderna aconteceu em 1922, quando o túmulo de Tutancâmon foi descoberto. Com isso, arqueólogos e historiadores de arte encontraram meios para entender o legado de Akhenaton e sua família
Na mitologia egípcia, Apep (ou Apophis, em grego. Também conhecida como Apófis), é uma criatura em forma de serpente que combatia o deus Rá ao cair de cada noite, sendo sempre morta, mas sempre ressuscitando. Também chamada de Apepi ou Aapep.
Apep é a personificação do caos no submundo e um inimigo jurado dos deuses (principalmente Rá). Ele é a personificação do próprio caos, destruição e do mal na mitologia Faraônica (Egípcia). Apep surge como uma serpente gigantesca, com 30m de comprimento. É servido por hordas de demônios, a maioria possuindo qualidades de serpente do fogo. Para os egípcios, quando havia um Eclipse, era o corpo gigantesco de Apep, cobrindo a luz do Sol,enquanto tentava destruir a barca de Rá e devorá-lo. Apep se encontrava no ultimo dos 12 portões do Submundo, onde era o maior desafio de Rá.
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