João Bosco e Nelson Faria | Um Café Lá em Casa Parte 1/2
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“Rio eu vim saber de ti / Vi teu tropical sem fim...” – quem ouve a música “Senhoras do Amazonas” pode não fazer ideia da história que ela carrega. Na canção, estão referências como Villa Lobos e Radamés Gnattali, além de todo o conjunto de inspirações que vão do choro à poliritmia contemporânea. No programa de hoje, João Bosco fala sobre principais características como compositor. Não perca!
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No programa “Um café lá em casa“, Nelson Faria recebe amigos artistas em um bate papo sobre vida, carreira e, claro, muita música. O café entra para acompanhar a conversa no ambiente de charme e aconchego da cozinha da casa do apresentador. De forma íntima e descontraída, é o momento ideal para tocar, cantar e compartilhar histórias.
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JOÃO BOSCO
O bandolim, o piano, o canto e o violino faziam parte do cotidiano familiar de João Bosco. Aos 12 anos de idade ganhou um violão verde e passou a integrar o conjunto de rock X-Gare. Em 1961, ao transferir-se para Ouro Preto a fim de estudar engenharia, teve seu interesse despertado pelo jazz, pela bossa nova e, tempos depois, pelo tropicalismo. Cinco anos mais tarde, conheceu, na casa do pintor Carlos Scliar, em Ouro Preto, o poeta Vinicius de Moraes, que viria a ser seu primeiro parceiro. Com o poeta, compôs “Rosa dos ventos“, “Samba do pouso“ e “O mergulhador“, entre outras canções.
Formou-se em Engenharia e mudou-se para o Rio de Janeiro. Ainda em 1973, gravou seu primeiro LP, “João Bosco“, registrando sua parceria com Aldir Blanc, em canções como “Tristeza de uma embolada“, “Nada a desculpar“ e “Boi“. No ano seguinte, suas canções “O mestre-sala dos mares“, “Dois pra lá, dois pra cá“ e “Caça à raposa“, todas com Aldir Blanc, foram incluídas no repertório do LP lançado por Elis Regina.
Ao longo de sua carreira, lançou mais de 20 álbuns. Entre eles, “Caça à raposa” (1975) “Linha de passe“ (1979), “Comissão de frente”(1982), “Ai, ai, ai, de mim“ (1987), “Bosco” (1989), “Dá licença, meu senhor” (1995), “Malabaristas do sinal vermelho” (2003), “Obrigado, gente!” (2006), “Não vou pro céu, mas já não vivo no chão” (2009) e “João Bosco – 40 anos depois” (2012).
Em 2012 foi o homenageado na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, além de ter sido contemplado com a mesma premiação, na categoria Melhor Canção, por sua composição “Sinhá” (com Chico Buarque), incluída no CD “Chico”, lançado pelo parceiro.
Em 2013 foi contemplado com o Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Melhor Cantor/MPB e Melhor Álbum/MPB, pelo CD “40 anos depois”. Recebeu também indicação para a categoria Melhor Canção, por “Eu não sei o seu nome inteiro”, de sua parceria com João Donato e Francisco Bosco, incluída no CD “40 anos depois”.
NELSON FARIA
Um dos mais expressivos músicos brasileiros, Nelson Faria carrega em sua bagagem musical 12 CDs gravados, oito livros – sendo dois deles com edições nos EUA, Japão e Itália – um DVD com o grupo Nosso Trio e a vídeo-aula Toque de Mestre. Além disso, participa como músico, arranjador e/ou produtor em mais de 200 CDs de diversos artistas nacionais e internacionais. Também assina o modelo de guitarra Condor Nelson Faria Signature (JNF-1), desenvolvido pelo artista em parceria com a renomada fábrica de instrumentos.
Entre artistas com quem dividiu palcos e estúdios, destacam-se João Bosco, Cassia Eller, Gonzalo Rubalcaba, Ivan Lins, Till Broenner, Zélia Duncan, Ana Carolina, Milton Nascimento, Toninho Horta, Tim Maia, Leila Pinheiro, Nico Assumpção, Gilson Peranzzetta, Paulo Moura, Wagner Tiso, Edu Lobo, Fátima Guedes, Karolina Vucidolac, Josee Konning, Lisa Ono, Baby do Brasil, Pascoal Meirelles, Antonio Adolfo, Nivaldo Ornelas, Mauro Senise, Maurício Einhorn e muitos outros. Em sua carreira, ele acumula apresentações no Brasil e em mais de 30 países no mundo.
Atualmente, Nelson Faria também atua como professor na Universidade de Örebro, na Suécia, além de trabalhar ao lado das mais importantes bigbands da Europa e dos EUA como arranjador e solista convidado.
** Continua PARTE 2 -
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